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LANÇAMENTO: CANTOS DE AMOR E SAUDADE
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Entrevista com a autora

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por [Bernadete_Piassa ]

2009-12-07  |     | 



Foi lançado em Novembro, pela Editora Entrelinhas, “Cantos de Amor e Saudade”, romance-reportagem da escritora Martha Baptista narrando a história de Cáceres, cerca de 210 km a sudoeste da capital de Mato Grosso, pelos olhos de uma antiga moradora da cidade, a carioca Estella Rodrigues Ambrósio. A história de amor de Dona Estella e seu marido, Dr. Nito, serve de pano de fundo para o livro que conta a história de Cáceres da década de 20, incluindo a passagem da Coluna Prestes pela cidade. Com um texto saboroso, Martha transporta o leitor numa viagem ao passado, começando com um casal de barões que chega ao Rio de Janeiro com a corte de dom João VI, passando pela vida de Stellinha, bisneta dos barões, num internato do Rio, até o dia em que ela se apaixona e embarca com o marido para a Cáceres. Lá, Stellinha (Dona Estella) vive até os seus últimos dias e nos brinda com a história de uns tempos quase perdidos na nossa memória.

Agonia.net: Como nasceu a ideia desse livro?

Martha: A ideia do livro nasceu de um encontro casual com d. Estella. Ela estava na época (em 1995) com 87 anos e tinha sido a primeira professora de inglês de Cáceres. Embora estivesse aposentada há muito anos, era uma pessoa muito conhecida e querida. Fui à sua casa para convidá-la a fazer uma palestra para meus alunos do curso de Letras da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), onde eu trabalhava com as disciplinas literatura norte-americana e literatura inglesa. Meu objetivo era estimulá-los no aprendizado da língua inglesa. Ela não aceitou o convite porque estava se recuperando de uma doença, mas começou a conversar comigo e contar trechos de sua vida. Ou seja, estava muito a fim de transmitir suas histórias a outras pessoas. Eu lhe perguntei por que não escrevia suas memórias e dona Estella respondeu que não tinha mais condições físicas de fazer isso. Quando saí de lá, surgiu a ideia e eu me ofereci para escrever sua biografia, que acabou se transformando num livro-reportagem que conta a história de Cáceres através das lembranças de dona Estella (a vó Estella do subtítulo da obra).

Agonia.net: Existe um paralelo entre a vida da personagem principal do livro "Dona Estella" e sua vida?
Martha: De uma certa forma, esse parelelo existe. Como dona Estella, saí do Rio de Janeiro para morar em Cáceres motivada pelo amor por um homem. No caso dela, esse amor durou para sempre, ou seja, até a morte de Dr. Nito, seu amado, que já tinha falecido quando começamos a trabalhar no livro. No meu caso, bom isso não vem ao caso ... Eu também encontrei uma realidade diferente e me tornei professora, mas não tive experiências tão fortes e marcantes em Cáceres como dona Estella. Afinal, os contrastes entre o Rio de Janeiro, capital federal no início do século XX, e Cáceres, uma cidade de fronteira no interior de Mato Grosso, no Centro-Oeste do país eram enormes. Além disso, dona Estella foi uma pessoa singular, de uma generosidade ímpar.

Agonia.net: Do ponto de vista histórico, o que mais a impressionou no relato de dona Estella?
Martha: O que mais me impressionou foram os relatos sobre acontecimentos que transcendem a história de Cáceres, como os fatos relacionados à passagem da lendária Coluna Prestes, liderada por Luíz Carlos Prestes, o Cavaleiro da Esperança. Eu cresci ouvindo minha mãe, (Nilzalina Fontes, que nasceu em Cáceres, em 1912), falando com muito medo da passagem da Coluna e eu achava estranho porque tinha a ideia de que a Coluna tinha sido um movimento maravilhoso, libertário, etc. Na verdade, tem os dois lados: o idealismo de Prestes e seus comandados, mas também o medo da ações dos "revoltosos", que, segundo testemunhos da época, roubavam, batiam nos moradores e até matavam para roubar animais e víveres. No relato de dona Estella, aliás, isso (as contradições, as diferenças entre as intenções de Prestes e alguns seguidores e o que acabou acontecendo) fica bem claro.

Agonia.net: E do ponto de vista humano?
Martha: Do ponto de vista humano, o que mais me comove no livro é o amor de dona Estella: pela família, por Dr. Nito, seu marido, seus filhos, netos, pela profissão que abraçou (o magistério) e, principalmente, pela cidade que a acolheu. Por isso, costumo dizer que meu livro é uma história de amor - e saudade.

Agonia.net: A Cáceres de hoje ainda conserva algum vestígio da Cáceres onde dona Estella viveu?
Martha: Embora estejamos no século XXI, Cáceres ainda guarda muitos vestígios da época de D. Estella: muitos casarões antigos resistem ao tempo, inclusive, o casarão onde ela morou assim que chegou à cidade e que é descrito num dos capítulos do livro. Muitas ruas da cidade ainda são muito estreitas como no passado; a Catedral de São Luiz está lá, magnífica e um símbolo da cidade, assim como o Colégio Imaculada Conceição (CIC) e outros prédios. O rio Paraguai ainda conserva a beleza e, embora não abrigue mais vapores como o Etrúria, tem um intenso movimento de barcos-hotéis, que levam turistas em pescarias e passeios pelo rio Paraguai e seus afluentes.

Agonia.net: Qual o conselho que você daria aos autores brasileiros que quisessem publicar o seu primeiro livro?
Martha: Essa é a pergunta mais difícil de responder. Os caminhos não são fáceis e é difícil se dedicar à literatura no Brasil. Se eu pudesse me dedicaria a escrever livros-reportagens (ou romances históricos), resgatando personagens e histórias de um passado recente, sempre com a intenção de trazer informações para as gerações presentes e futuras. É incrível o desconhecimento das pessoas em relação à sua própria cidade. É importante conhecer para valorizar, para aprender com erros do passado, não repeti-los no presente e aproveitar o que era bom. Tenho alguns projetos nesse sentido, mas é um pouco difícil conciliá-los com o meu trabalho como jornalista no dia-a-dia (sou editora assistente de uma revista de agronegócio chamada Produtor Rural).
Na época em que escrevi o livro "Cantos de amor e saudade", houve uma sucessão de coincidências altamente positivas: eu trabalhava como professora na Unemat, consegui ter um projeto de pesquisa aprovado e aí aconteceu de uma afilhada de dona Estella (uma empresária do setor de modas) patrocinar a publicação de uma versão quase artesanal do livro, que foi o ponto de partida para a edição mais recente. Uma editora de Cuiabá (a Entrelinhas) encantou-se pelo projeto e a gente conseguiu parte dos recursos por meio da Lei "Hermes de Abreu" de Incentivo à Cultura - uma lei estadual que dá isenção fiscal a empresas patrocinadores de projetos culturais.

Agonia.net: Qual ser'a o seu próximo projeto como escritora?
Martha: Tenho um projeto de escrever um livro infanto-juvenil baseado nas minhas aventuras no Pantanal mato-grossense (a narradora e meu alterego seria uma cachorrinha que me acompanhou durante anos, Manchinha) e um dia quero escrever um romance. Será que eu consigo?

Cantos de Amor e Saudade pode ser adquirido na livraria virtual da Editora Entrelinhas: www.entrelinhaseditora.com.br

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