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- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 2009-09-04 | |
Os leitores de Camilo Castelo Branco podem encontrar mais ou menos 40 obras do famoso escritor português na forma de e-books no site do projeto Gutemberg
http://www.gutenberg.org/wiki/PT_Principal O site, que conta com aproximadamente 30.000 livros não só em português mas também em chinês, inglês, francês, alemão, holandês, finlandês, espanhol e latim, foi o primeiro local a disponibilizar e-books na Internet e tem o maior acervo de livros eletrônicos da rede. Camilo Castelo Branco, primeiro visconde de Correia Botelho, nasceu em Lisboa, no Largo do Carmo, a 16 de Março de 1825. Foi, na opinião de muitos, o mais multifacetado e importante autor ibérico do seu tempo. Com uma vida pessoal tão tumultuosa quanto as suas novelas ou romances, Camilo deixou-nos um legado de obras intensas e obrigatórias. O escritor teve uma vida atribulada, passional e impulsiva. De uma família da aristocracia de província, Camilo ficou órfão de mãe quando tinha um ano de idade e de pai aos dez anos, sendo criado por uma tia. Na sua adolescência formou-se lendo os clássicos portugueses e latinos, literature eclesiástica e em contato com a vida ao ar livre. Com apenas dezasseis anos, Camilo casa com Joaquina Pereira de França e instala-se em Friúme (Ribeira de Pena). O casamento precoce parece ter sido resultado de uma mera paixão juvenil, não tendo resistido muito tempo. Seu carácter instável e irrequieto leva-o a amores tumultuosos, vivendo a seguir com Patrícia Emília de Barros. Enquanto morava com Patrícia, Camilo publicou n'O Nacional, correspondências contra José Cabral Teixeira de Morais, governador civil. Devido a esta desavença é espancado pelo capanga do governador. As suas irreverentes correspondências jornalísticas valeram-lhe, em 1848, nova agressão. Camilo abandona Patrícia nesse mesmo ano. Camilo tenta então o curso de Medicina no Porto que não conclui, optando depois por Direito. A partir de 1848 dedica-se a uma vida de boemia repleta de paixões, repartindo o seu tempo entre os cefés e os salões burgueses, dedicando-se sobretudo ao jornalismo. Apaixona-se por Ana Plácido, e com esta se casa. Ana Plácido tem um filho do antigo marido, ao que se somam mais dois de Camilo. Com uma família tão numerosa, ele escreve freneticamente para poder pagar as contas. É desse período a peça de teatro "O Condenado", bem como inúmeros poemas, crônicas, artigos e traduções. No dia 17 de Setembro de 1877, morre na Póvoa, com 19 anos, o filho predileto de Camilo, Manuel Plácido, filho do primeiro casamento de Ana Plácido. Em 1885 Camilo recebe o título de visconde de Correia Botelho. Camilo passa os últimos anos da sua vida ao lado de Ana Plácido, não encontrando a estabilidade emocional por que ansiava. As dificuldades financeiras, e os filhos dão-lhe enormes preocupações: considera Nuno irresponsável enquanto Jorge sofre de uma doença mental. A progressiva e crescente cegueira, causada pela sífilis, impede Camilo de ler e de trabalhar capazmente, o que o mergulha num enorme desespero. Depois de consultar um oftalmologista que lhe confirma a gravidade do seu estado, Camilo dá um tiro de revólver na têmpora direita, no dia 1 de julho de 1890, morrendo naquele mesmo dia. Camilo era dotado de uma capacidade prodigiosa para narratives, era conhecedor profundo do idioma português, e um atento observador, ora complacente ora sarcástico, da sociedade. Inclinado à intriga e análise passionais, esse genial autor romântico deixou-nos uma obra fundamental na literature portuguesa. Foi com a novela passional e o romance de costumes que Camilo se notabilizou, legando-nos uma série de personagens ainda hoje inesquecíveis, quadros e situações que valem pela espontaneidade narrativa, pelo ritmo avassalador da ação, pela sugestão realista e pela novidade temática, como em A Queda dum Anjo. Sua versatilidade literária e criadora levaram-no a assimilar a atitude estética e os processos de escrita do Realismo e do Naturalismo, visíveis em A Brasileira de Prazins e em certa medida já iniciados com Novelas do Minho. A sua arte de narrar constituiu, a par da de Eça de Queirós, um modelo literário para muitos escritores, principalmente até meados do século XX. As suas obras principais são: A Filha do Arcediago, 1855; Onde está a Felicidade?, 1856; Vingança, 1858; O Romance dum Homem Rico, 1861; Amor de Perdição, 1862; Memórias do Cárcere, 1862; O Bem e o Mal, 1863; Vinte Horas de Liteira, 1864; A Queda dum Anjo, 1865; O Retrato de Ricardina, 1868; A Mulher Fatal, 1870; O Regicida, 1874; Novelas do Minho, 1875-1877; Eusébio Macário, 1879; A Brasileira de Prazins, 1882. |
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