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por [Alfonso_Costafreda ]

2010-03-14  | [Este texto deve ser lido em espanol]    |  Submetido por Cătălin



Bajo los puentes de París he visto
correr tranquila el agua,
doblaese su cintura mansamente
hacia la calma.

Ya todas las melancolías
muy tercamente la memoria
sobre mi corazón las abalanza.
Nada tendré.
De todo lo soñado
sólo nos queda el ansia.
Viento sin fin, ay, nuestra vida.
Vértigo que empezó
y nunca acvaba.

Bajo esta puente de París transcurren,
sin viento ni extravío,
lentas, conscientes, hacia el mar
las aguas.

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