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■ A 8th Bienal do Douro sem limites
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- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 2010-09-30 | | Penso com fôlego, sem fôlego: A mente mastiga a frase Poder ao Povo, E não consigo tornar exequível o sonho. A mente vaga errante, errática Por descampados, vácuos e reinos da impotência: Lugares onde a miséria humana Faz-se a eterna etérea presença! Cavalga-me pelas pradarias da verve A voz de Renato cantando Vento no Litoral, Enquanto a voz de Cazuza, Buscando agônica A ideologia perdida, Adormece nas asas Da sua precoce supernova afinal. Ah, é quando o ladrar pressuroso Dos cachorros expulsa A minha consciência Da labiríntica viagem --- até então --- Á margem do taciturno sabor do pouso Sobre o solo da gravitacional realidade. Enfim sinto passear, Pela rodovia da boca, O antigo gosto da vida-normalidade; Entretanto, para não deixar esta aventura Ao bel-prazer de uma página em branco, Procuro a flor da catarse, Que germina e desabrocha Como um poema prolixo, insano: Facunda topografia do absurdo humano! JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA
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